Lembranças do velho


 Capitulo 11 - Despedida

Uma semana e alguns minutos era o que bastava.
Logo que cheguei, tive uma grande conversa com João, boa. Ele falava sobre o que acontecia em minha ausência, como sempre, mamãe chorando desarrazoadamente, que logo que coloquei os pés em casa, prostou-me como nunca: teus dramas era sempre uma surpresa. E beijou-me, abraçou-me como a ponto de sufocar-me, me puxando para baixo, por causa de sua baixa estatura ou talvez minha exagerada altura.
Enfim, João falava-me tambem de minha tão estimada tia, querida mulher e amada eterna, cuja a infelicidade a cortejava, bela porém amargurada, sofria de depressão que a consumia devastadoramente, seus olhos tão claros como um cristal, afundava nas trevas da solidão, da dor, talvez do ódio tambem, João contou que por mais uma vez tentou suicidar-se, mas foram inúteis tentativas, por mais que quisesse sua propria mente ajudava-a, o medo era vasto, o medo da morte, sim, o simples fato da dor.
Contava-me sobre Catarina e suas artimanhas, seus gestos de delicadeza, sua passagem doce, apesar de tudo ele achava-a insolente, manipuladora e burra, não sei porque, não que isso me cega, mas como insolente? Manipuladora?
Pois bem, achava-a de inicio arrogante e comprometedora entre aspas, mas não tão intensa assim como João diz, por fim, para João quem não é insolente ou burro. Tenho que admitir que Catarina era encantadora, tinha uma certo controle sobre as pessoas para chegar a sua determinada opinião mas mansa e perfeita como só ela.
João contava sobre suas loucuras, seus dias poéticos frustados e suas artimanhas entre os vizinhos.

- Enquanto estiver fora que fique cuidando de mamãe, sabes como é sempre cheia de si - Não contive minha insegurança ou criancice, enfim todo o cuidado com minha mãe era pouco, sempre metendo-se em confusões apesar de não admitir e condenar-me por isso.
- O que achas que faço nesta casa? - Irónico como sua propria feição - Não se preocupe e trate de aproveitar os estudos.
- Estudos? Preciso é de paz e sossego e por mais que tento acho que vai ser longa e estressante.
- Lógico que ira estudar é um lugar que pode ter oportunidade de grandes universidades, tem de aproveitar. - Diz ele saltitante.
-Não ficarei por muito tempo por lá, apenas darei um tempo.
-Convencerei teu pai disso.
- Esta louco! - Por um segundo saltitei como ele.
- Muito sóbrio, louco és tu em recusar boas coisas que te aparece, para morrer enfunado entre teus pais.
- Acha que quero deixar tudo?
- O que tem para deixar?
- Não importa o quanto tentar, João!
- Tolo! Como todos, que diabos de familia é essa! - Por incrivel que pareça perambulou os corredores falando entre os ares.

Não frequentava mais a escola, pois terminei um ano antes, isso impedia-me de ver Catarina.
Por quantas vezes tentei escapar de João ou de mamãe para ao menos olha-la de longe.

Faltava-me apenas dois dias, entre esse decorrer minha pálida loucura tornava-se como uma mordaça. Fadado a fazer acontecer o que lhes vinham a mente, este era o meu dever de bom cidadão, tinha que conter-me pois sempre que abri a boca era a essência da exatidão tola caso simplesmente estafante.
João encolerizava-me por inteiro com suas crises extravagantes muito mais do que si mesmo. Começou a por-se em cena em um instante enquanto conversava com minha tia, pois tudo o que era agradável ou melhor tão cheio de graça assim como João a fazia sorrir, pois bem era uma modo de ao menos faze-la sorrir por algumas vezes em sua miserável vida.
Quantos anos tentando desarraigar esta doença nas ultimas semanas, assim comentado por João aconteceu uma forte crise, com tal crise passou a imaginar que estava com uma doença fatal entre seus orgãos, agindo como louca, percorrendo a casa e chorando aos cantos coisa que vagamente fazia por medo das coisas que imaginava ver. Sua mente estava conturbada, desprotegida de qualquer coisa, todo tratamento inutilmente retrocedia, algo que quando lúcida causava-lhe ainda mais transtorno, achava-se futil, incapaz de controlar suas proprias emoções, desapontada com a vida que tinha, passou a tentar suicidar-se vez apos vez, mas o proprio medo a consumia, assim como via algumas vezes, tinha piedade de seu corpo e daqueles em volta.
Por fim, triste e também deprimido conversei com mamãe tentei explicar meus excessos mas nada era mais gratificante do que ver um filho formado, o que restava era me despedir, primeiro conversei com meu caro companheiro João. Passei a ter com ele uma longa conversa vamos dizer agradável, cheio de ânimo dizia-me que cuidaria de mamãe e suas tramas, mamãe apesar de protetora natural, submissa, respeitosa e educada, era rígida, calculista, duvidosa e se precisasse colocava a lenha na fogueira até por coisas que duvidava, apaixonada por meu pai apesar de alguns anos divorciada, era evidente em sua amargura, porém nunca contaram-me os motivos.
Creio que consegui despedir-me de todos menos de Catarina. O dia passava restava-me apenas um e ela estudava integralmente. Então pus-me novamente a clamar por atos desesperado.
Quando amanheceu acordei imediatamente ou melhor levantei, pois meus olhos não se pregavam, era tanta minha ansiedade de falar com Catarina, se não fosse agora, só seria sabe sei la quando.
Percorri todos os lugares em busca dela, meus olhos procurava obsessivamente mesmo sonolento após uma noite sem dormir. Incrivelmente não a encontrei, fiquei intrigado, ainda era bem manhazinha e onde estava esta moça, em plena manha perambulando entre os cantos.
Estava exausto, encostava nas paredes do corredor e deslizava sobre ela, decidi espera-la, sentei em um banco no grande jardim de minha mãe.
Lugar puro, era como olhar uma grande floresta silenciosa, refletindo passáros cantantes, um encamento. Eis que a bela decide aparecer dentre alguns galhos e folhas secas.

Quão amavel era teu andar dentre as rosas e matos e galhos eo que diante dela estava.
Meu coração de garoto definhava-se em vazio profundo de não poder toca-la
Aproximava-se com teu vestido branco rendado, apalpando tuas mãos, de gestos delicados e bravos, chegando perto de mim sentou-se. Alguma coisa estava errado em seu andar, pálida e sabe se lá o que era.

- Acordou cedo Frederico - Disse
-acordei para te procurar, preciso conversar com você
-estou indo para a escola - Respondeu
- Espere um pouco, é hoje que partirei
- Hoje?
- Infelizmente sim!
- Sua mãe deixará mesmo você ir, como pode? Pensava que ela fosse mais prestativa! - Ela falou de uma modo estranho, teus olhos ficaram diferente nunca vi tal expressão em teu rosto.
- É capricho dela apenas - Exclamei.
- Capricho largar um filho para o vento cuidar...Frederico, mas não aguento ver o modo como te tratam.
- Tentei falar com ela, mas não adianta!
- O que disse? Porque não disse que ficaria por aqui mesmo?
- Seria inútil!
- Mas como pode deixar ela fazer o que pensa com sua vida.
- Ela é minha mãe! - indaguei
- Desobedeça! - Olhou bem nos meus olhos para falar.
- Minha desobediencia até agora me custou isso tudo.
- Tudo o que falei para fazer-te voce não fez.
- Eu fiz!
- Não fez!
- Voce mentiu!
- Nunca menti para você!
- As vezes voce me traz uma impressão de que me odeia. - Mas uma vez com teu olhar cinico.
- Como pode falar isso eu gosto muito de você.
- Gosta?
- Gosto - Minha vergonha foi ao extremo. - É Catarina, como amigo né!
- Eu tambem Frederico! - Por isso peço para vocefazer algma coisa! foge vai para outro lugar ou vai querer ficar mais tres ano fora? - respondeu de modo desagradavel. - Se voce gostasse de mim, fazeria o que te falei!
- Fazer coisas assim como minha mãe seria ridiculo e pertubante para ela e não fazeria nada de mal para ela.

Por um instante ela acalmou, teus gestos mudaram ligeiramente, derrepente começou chorar, parecia que escondia alguma coisa de mim, teu choro não era por minha ida, pelo menos era o que eu imaginava.

- Se você for, nunca mais vamos nos ver!
- Porque? Não ficarei lá por muito tempo, é apenas uma questão de tempo.
- Não sei!
- Não sabe o que?
- O que não sei!
- Te mandarei cartas e quero que as responda.
- Responderei

Ela deu-me um beijo no rosto e me disse "até logo" baixo e calmo, reclinada segurando minhas mãos, levantou-se colocando a mão sobre sua silhueta e seguiu para dentro.
Não exitei, continuei sentado esperando que ela fosse, pois meu desejo era não voltar a ve-la por enquanto, até que eu retornasse.

As horas passavam-se, eu e meu pranto era o mesmo, sempre desesperado e angustia não para saber a hora da partida, mas para saber a hora que voltarei
As horas passavam-se e não existei em embarcar.
"Adeus! adeus, adeus aos que me amam, aos que me odeiam, aos que me querem longe, a catarina, adeus Brasil. Apenas o ADEUS.

Adeus. Brasil. Italia.


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Priscila Faria

*** (gente esse meu texto esta com erros ortograficos, pois não editei, vou edita-lo em outro site, se acharam ou não sentirem bem com o erros me avisem, deixem ai que eu arrumo, certo. mas a leitura esta facil e claro de ler.)

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