Pai
Hoje, infelizmente, completa um mês do falecimento do meu pai. Pensamos sempre que temos tempo, mas o tempo um dia acaba. E que as pirâmides façam com o tempo o que tempo faz com os homens. Engraçado como a mente viaja e lembra de certas coisas tão pequenas e ao mesmo tempo tão significantes. Sempre admirei meu pai, por ser meu oposto em muitos aspectos: sua alegria contagiante, seu bom humor (que diga-se de passagem se manteve até o fim), sua extroversão... Mas também tinhamos muito em comum, o gosto por filmes de terror, de ficção, lembro que assistimos certa vez todas temporadas de arquivo x, juntos, todo dia ele chegava e assistíamos 3, ou 4 episódios. Lembro que algumas dessas vezes adormeci no sofá, acordava na minha cama, carregada por ele, ou depois de certa idade, acordava coberta, quentinha. Certos cuidados que valem mais que palavras, que muitas vezes, de fato não foram ditas. Mas a lembrança que mais volta a minha mente foi um dia comum, meu pai indo na farmácia comprar qu