Poesia Japonesa - Sabi
Há sensações diferentes que ocupa o poema e que colocam o leitor como um personagem inserido num cenário desenhado pelo autor. Segue a frase: “Quando eu olho à minha volta ,Eu não vejo flores de cerejeira" A imaginação é um ponto forte na poesia japonesa da epoca.
O poema define-se por aquilo que descreve mas, tambem descreve algo sem a essencia. Há um sentimento de vazio que é característico da poesia da época e que se define por Sabi (Conceito Estetico)
Sabi é um ideal poético que foi promovido por Bashō (1644-1694) e seus seguidores do haiku, ainda que o termo e o conceito existam já provenha de um período muito anterior ao de Bashō. A designação de “sabi” aproxima-se de um conceito medieval que combina elementos como a passagem do tempo, a solidão, a resignação e a tranquilidade e que os estudiosos têm vindo a estudar que este conceito descreve características muito próprias da cultura popular do período Edo (1600-1868). Neste tempo clássico, o sabi era usado como sinónimo ou com uma conjugação com o conceito de Wabi, um conceito característico da Cerimónia do Chá japonesa e que foi posteriormente adaptado à literatura.
Fujiwara no Toshinari (1114-1204): foi o primeiro poeta conhecido a aplicar um termo relativo ao sabi (o verbo Sabu) na crítica literária, considerando as suas conotações ligadas à ideia de solidão, apontando determinadas imagens como, por exemplo, “as algas congeladas à beira-mar” como exemplificativas desta definição.
Contudo, ao atravessar o período medieval, a ideia de sabi incidiu com mais força na ideia de desolação de tal forma que a beleza de positividade inerente pareceu desaparecer, limitando mais o leque de possibilidades conceptuais.
Esta ideia, contudo, provém de preceitos medievais budistas que encaravam a vida como uma resignação e aceitação da dor e da solidão, procurando contemplar a beleza melancólica mas também genuína da natureza humana.
(hana) significa “flor” em japones, mas o autor quando escreve Hana se referi a Sakura, flor de cerejeira.
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