Cantico dos loucos



Priscila Faria - dedicado ao mundo

Inutilmente nos meus sonhos de mistério
Tento consolar minha memória torta
Sem voltar a ouvir ou sentir
O meu corpo floresce solidão
E nem o ultimo de meus sonhos se conforta
Ainda se encontra dormindo meu porvir...

Debalde! Tento explodir meu desalento
Nos meus lábios cai a flor negra que alguém me deste.
No meu ouvido, clama pela morte a canção do inverno nevoento.

Minha mente, oh vida!
Não levanta nem primavera amarela
Nem som, nem rastro de verão.
Murchando as flores morrem na passarela
Expirando sem sofrer...

Sangue angustiante
Canta o hino de pavor
Correndo pelo meu desalento
Dando-me loucura por trás de terror
E medo por trás do lustral deserto

Invejo aquelas plantas que murcham e morrem
Sem fulgor
Cantando o hino negro e vazio
O hino do amor.

Ainda guardo aquela pequena rosa
Que me dera
Meu canto, tão forte e matinal quanto dos pássaros
Tão bela quanto o florescer da primavera

Flor que cada dia se vai
Pétala por pétala
Fulgor e contraste
Vai-se com meu adeus, minha rosa predileta.

Morrerei sem aparência
Sem aquela que dera a rosa
Morrerei gênio
Morrerei com dor
Nos seios da prostituta vida gloriosa

Lua forasteira
Conforta o sonho dos poetas
Na lua esbelta chega minha hora de prantear
Pranteei com perseverança que não se rebenta
Na grande noite lenta

Ó Vida! Porque isso me destina?
Porque minha alma ralada e suja
Não responde minha lamentável vida cretina?
Ò vida! Não me amaste
Em teus balanços de prostituta gloriosa que usaste?

Comentários

  1. rokiedObrigado por sua visita também. Estou seguindo o blog, voltarei. Só mais uma coisa, não sei se vc leu a minha poesia inteira, pq entrei no meu blog agora e a diagramação da pagina estava cobrindo os 2 primeiros versos.
    Abraços.

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  2. A vida é escrita por algum piadista de mal gosto.

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