Os dois lados da rosquinha


Homer Simpson é um dos personagens mais famosos da TV, criado em 1989 por Matt Groening, baseado nessa série animada foi lançado o livro "Os Simpsons e a Filosofia". Segue abaixo texto retirado do site Planeta Educação:
Em “Os Simpsons e a Filosofia”, os autores se propõem a analisar as ações e características dos principais envolvidos nas histórias, os membros da família Simpson, do patriarca Homer a caçula Maggie. Para tanto se utilizam de fortes referências do pensamento ocidental, provenientes da clássica filosofia grega (como Aristóteles, Sócrates e Platão) e atingindo até mesmo pensadores do mundo moderno e contemporâneo (como Kant, Nietzsche e Sartre).
Homer Simpson, por exemplo, é assunto do primeiro capítulo, “Homer e Aristóteles”, onde é dissecado a partir da categorização lógica dos tipos de caráter criada por Aristóteles, sábio pensador grego, discípulo de Platão e preceptor de Alexandre Magno. É difícil imaginar que tal análise poderia ser feita, entretanto, vale destacar que apesar dos inúmeros episódios em que percebemos toda idiotice e incapacidade de Homer, o que seria suficiente para qualificá-lo como uma pessoa viciosa (de acordo com os preceitos aristotélicos, viciosos são aqueles que não possuem virtudes e não controlam suas vontades), há várias situações em que Homer se destaca como um bom pai, um marido que se mostra fiel a sua esposa e, em determinados momentos, uma pessoa capaz de atos de altruísmo e bravura. A que conclusões poderíamos então chegar quanto a Homer?
Lisa Simpson é, na contramão de seu pai, uma representação de várias virtudes que a colocam constantemente em situação de crise existencial numa sociedade vazia, hipócrita e cínica. Vegetariana convicta, defensora dos direitos das minorias, feminista ardorosa e exemplarmente estudiosa, a menina de 8 anos de idade é a consciência que reina sobre sua família e também sobre Springfield. É mais madura que a grande maioria dos habitantes da cidade e tenta, a cada novo episódio, ajudar todos a seu redor a melhorar suas vidas. Essa pequena menina cheia de virtudes apesar da pouca idade é tema do segundo capítulo do livro, “Lisa e o antiintelectualismo americano”.

Há capítulos dedicados a Maggie e Margie, respectivamente o bebê dos Simpsons e a mãe dedicada, carinhosa e racional, que abre mão de seus sonhos em prol da felicidade de seus filhos e de seu desajeitado marido (“A motivação moral de Margie”).

Bart, considerado ao lado de Homer como o principal astro da série, tem uma análise interessante no capítulo “Assim falava Bart: Nietzsche e as virtudes de ser mau”. Arquétipo do “Bad Boy” capaz de roubar os livros dos professores e causar o cancelamento das aulas (já que os professores não seriam capazes de ministrar suas aulas sem os livros dos mestres...), Bart Simpson é um menino esperto, que contraria as normas da sociedade em busca de emoções que sente terem sido perdidas. Em um dos mais lembrados episódios da série, Bart se torna autêntico ídolo em Springfield e, por isso, passa a ser copiado por todas as pessoas da comunidade. O que, a principio poderia parecer a vitória de sua proposta, o torna infeliz. Sem saber o que fazer, é aconselhado por sua irmã Lisa, a contrariar a ordem (onde todos tentam ser espertos e arteiros como Bart) e se tornar um exemplo de virtude e bom comportamento... A comparação com o super-homem da obra de Nietzsche torna-se um ótimo caminho de reflexão filosófica.

Há muitos outros ensaios que podem nos fazer entender bem não apenas o seriado e seus personagens, mas principalmente os norte-americanos, seu modelo de vida e, mesmo, o mundo em que vivemos. Autêntico micro-cosmo do país do Tio Sam, Springfield é um retrato fiel da vida nos Estados Unidos, onde causas importantes como a questão da utilização da energia nuclear, problemas ambientais, relações humanas, educação, saúde e religião são colocadas na pauta do dia.
Outra importante qualidade do seriado, destacada nos vários capítulos de “Os Simpsons e a Filosofia” refere-se às citações da cultura popular norte-americana que aparecem nos episódios (menções a outros seriados de televisão como “Friends” ou “Perdidos no Espaço”, filmes como “Tubarão” ou “Os Pássaros”, livros de autores consagrados da literatura norte-americana como John Steinbeck ou Ernest Hemingway).

Aprender filosofia pode ficar muito mais fácil quando conseguimos fazer conexões (sinapses) entre produtos da cultura pop mundial como “Os Simpsons” e as grandes referências e conceitos criados pelos principais pensadores da história da humanidade. Outro aspecto importante da obra reside no fato de que as barreiras entre o mundo acadêmico e a sociedade “leiga” estão sendo superadas aos poucos, permitindo um saudável intercâmbio que integre a produção cultural popular e a chamada alta cultura.
Se a televisão e seus principais expoentes puderem contribuir para a educação e a cultura de forma incisiva em prol de um real crescimento, nada melhor do que pensar como os romanos e admitir que é melhor tê-los como aliados do que como inimigos...




- Existem três frases que vão levar sua vida adiante: “Não diga que fui eu”,”Já estava assim quando cheguei” e “Oh que boa idéia, chefe”.


Comentários

  1. amo ver os simpsons e adoro a lisa simpson.
    Nao perco um ipisodeo dos simpsons!!!!!Adoro-te lisa simpson!!!!!!
    Adoro ver os simpsons!!!!!!!!kiss

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas