Lembranças do velho
Capitulo VI - Estante de papai
Transformado pela civilização que nasci, sempre admirei a beleza no falar, no andar, nos gestos, até a simples maneira de comer de papai. Era uma homem digno, cheio de histórias e educação, sua narração em minha vida teve muitos significados e lembranças inesqueciveis.
Na sala de papai, na casa de minha querida e falecida avó, havia uma mesa adornada por folhetos, documentos, e alguns livros, tudo naquela mesa me interessava muito, mas papai não gostava de vasculhamentos em suas coisas, tanto que naquele dia me disse que não entrasse na sala, como sempre, disse que nunca entrei, mas papai não era bobo e assim trancou-a.
Aquela sala era o que sonhava em desvendar, ver a tantas coisas em que ali estava, apenas observava de imediato, mesas em um lado, um pequeno sofá do outro lado, estantes ambos os lados e luzes, sedas e derivados.
Confesso que tentei tomar a liberdade de invadi-la, de mergulhar meu franzino corpo de criança nas variedades de livros daquela estante.
Sempre fui acostumado a ter como ordem a leitura, algo que de primeiro não me satisfazia e que com o tempo tomou-me para si.
"Meu Deus! Porque o vicio é algo tão violento para levar-me a erros e perder o controle minhas vontades."
Os pequenos garotos de minha idade dizia que leitura era para os adultos.
Mais uma das minhas crises entupiu meu violento vicio e não hesitei e proferi.
- A leitura é algo proficuo, cresci com o direito de ler e a perseverança de entender, com profusão de livros resta-me adquirir meu bom desempenho e não ser tão tolos como voces e outros.
- Frederico o que te leva a ficar lendo histórias futeis que não ira garantir teu futuro. Ao menos terei uma boa carreira, ser medico é exato e não aprofundada em livros tolos de histórias amadoras. Lógico é obvio o estudo, mas o estudos proprio para um médico de qualidade e sem fantasias, magias e coisas do tipo.
- Ficar enfunado em coisas pela carreira é o que é perda de tempo e fantasia, tenho o querer de aprofundar-me em inteligência nas palavras, ser sábio, assim como médico, advogados ou alguem formado não tem, ou não olhas para o teu futuro?
- só voce mesmo, cresce frederico.
Capitulo VII - Invasão
Não eu sei que não poderia ter tanta cara de pau de invadir a sala de papai, mas minha mente agiu por mim.
Caminhei em direção a porta da sala, coloquei minhas mãos sobre aquele pequenino livro que estava a minha frente.
Mexi, peguei. olhei. usei.
já pensava nos berros de papai
Nunca me submeti a tão baixo, toda infância aprendi como comporta-me e de que me adiantas?
Quantas foram as vezes que papai disse paraudasse-no não entrar em sua sala, que por sinal era indescritivel.
felizmente apreciei o livro que tanto queria, se bem que não era bem um livro. Falava de ações, imprensas, sobre mamãe e eu, era estranho, parecia a história de minha família, não cheguei a lê-lo, mas apenas folhea-lo e no final falava alguma coisa sobre morte, sobre o mar e como se beneficiou, foi apenas palavras que consegui capitar imediatamente.
Realmente o quanto de papai era magnifico, com tamanha exuberãncia e cultura, quem dera eu ter um desses.
Objetos raros, um relógio antigo, porcelanas, vasos.
Fiquei demasiadamente tonto, toquei em tais objetos, como se pudesse tocar em objetos de museu.
Não pensei. Minha comtemplação e meu exito era alucinante, com tamanha grandeza.
Barulho, forte barulho.
No chão era apenas cacos de vidro, tentando camuflar-se no tapete de lã de papai, refletindo meu rosto tenso e pálido, estonteamente assustado. Posso dizer que realmente corri por toda casa, atras de uma singela vassoura e uma humilde pá. Tentei limpar, pegar os cacos, mas apenas causou-me mais estragos, maldito copo de água, espatifou-se no tapete, assim como aquele vaso, jarro ou algo parecido.
De um lado o tapete brilhando por estilhaços de vidro irritadoramente grudados, por outro lado água percorrendos os moveis de papai. Situação agonizante em desespero totalmente desesperado, abaixei-me e com as proprias maõs, comecei inutilmente pegar os minusculos cacos no tapete, onde meus dedos apenas ficavam furados e sangrando. Não sabia mais o que fazer, fui até o banheiro, peguei um pano molhado, cujo veio respigando os corredores que passei, coloquei o pano por cima dos cacos para que grudasse, porem o torci com as mãos, para meu pranto, cortei-me por inteiro, dor agonizante passei, lembro-me de como ardia, meus olhos franziam aleatoriamente.
Ao fundo uma porta se abria, pequeno barulho irritante, quando olhei para baixo, vi uma figura conhecida, papai entrava devagar cansado de mais um dia de trabalho. Ele andou em direção a cozinha enquanto eu achava um jeito de me enconder. Pensei muito, mas para que? Apenas esperei
Papai voltava, subiu as escadas, enquanto eu ali chorando com a vergonha em minha costa, ao observar o corredor, viu a porta de sua tão estimada área de trabalho, sua sala, como quem visse sua casa sendo assaltada.
Suas mãos tocaram-lhe a porta, afastou, olhou.
- Frederico, o que fez? - Disse isso e mais um punhado de coisas.
Anteriores
http://nerwensurion.blogspot.com/2010/08/lembrancas-do-velho_22.html (Parte 3)
http://nerwensurion.blogspot.com/2009/07/lembrancas-do-velho.html (parte 2)
http://nerwensurion.blogspot.com/2009/06/conto.html (Parte 1)
Transformado pela civilização que nasci, sempre admirei a beleza no falar, no andar, nos gestos, até a simples maneira de comer de papai. Era uma homem digno, cheio de histórias e educação, sua narração em minha vida teve muitos significados e lembranças inesqueciveis.
Na sala de papai, na casa de minha querida e falecida avó, havia uma mesa adornada por folhetos, documentos, e alguns livros, tudo naquela mesa me interessava muito, mas papai não gostava de vasculhamentos em suas coisas, tanto que naquele dia me disse que não entrasse na sala, como sempre, disse que nunca entrei, mas papai não era bobo e assim trancou-a.
Aquela sala era o que sonhava em desvendar, ver a tantas coisas em que ali estava, apenas observava de imediato, mesas em um lado, um pequeno sofá do outro lado, estantes ambos os lados e luzes, sedas e derivados.
Confesso que tentei tomar a liberdade de invadi-la, de mergulhar meu franzino corpo de criança nas variedades de livros daquela estante.
Sempre fui acostumado a ter como ordem a leitura, algo que de primeiro não me satisfazia e que com o tempo tomou-me para si.
"Meu Deus! Porque o vicio é algo tão violento para levar-me a erros e perder o controle minhas vontades."
Os pequenos garotos de minha idade dizia que leitura era para os adultos.
Mais uma das minhas crises entupiu meu violento vicio e não hesitei e proferi.
- A leitura é algo proficuo, cresci com o direito de ler e a perseverança de entender, com profusão de livros resta-me adquirir meu bom desempenho e não ser tão tolos como voces e outros.
- Frederico o que te leva a ficar lendo histórias futeis que não ira garantir teu futuro. Ao menos terei uma boa carreira, ser medico é exato e não aprofundada em livros tolos de histórias amadoras. Lógico é obvio o estudo, mas o estudos proprio para um médico de qualidade e sem fantasias, magias e coisas do tipo.
- Ficar enfunado em coisas pela carreira é o que é perda de tempo e fantasia, tenho o querer de aprofundar-me em inteligência nas palavras, ser sábio, assim como médico, advogados ou alguem formado não tem, ou não olhas para o teu futuro?
- só voce mesmo, cresce frederico.
Capitulo VII - Invasão
Não eu sei que não poderia ter tanta cara de pau de invadir a sala de papai, mas minha mente agiu por mim.
Caminhei em direção a porta da sala, coloquei minhas mãos sobre aquele pequenino livro que estava a minha frente.
Mexi, peguei. olhei. usei.
já pensava nos berros de papai
Nunca me submeti a tão baixo, toda infância aprendi como comporta-me e de que me adiantas?
Quantas foram as vezes que papai disse paraudasse-no não entrar em sua sala, que por sinal era indescritivel.
felizmente apreciei o livro que tanto queria, se bem que não era bem um livro. Falava de ações, imprensas, sobre mamãe e eu, era estranho, parecia a história de minha família, não cheguei a lê-lo, mas apenas folhea-lo e no final falava alguma coisa sobre morte, sobre o mar e como se beneficiou, foi apenas palavras que consegui capitar imediatamente.
Realmente o quanto de papai era magnifico, com tamanha exuberãncia e cultura, quem dera eu ter um desses.
Objetos raros, um relógio antigo, porcelanas, vasos.
Fiquei demasiadamente tonto, toquei em tais objetos, como se pudesse tocar em objetos de museu.
Não pensei. Minha comtemplação e meu exito era alucinante, com tamanha grandeza.
Barulho, forte barulho.
No chão era apenas cacos de vidro, tentando camuflar-se no tapete de lã de papai, refletindo meu rosto tenso e pálido, estonteamente assustado. Posso dizer que realmente corri por toda casa, atras de uma singela vassoura e uma humilde pá. Tentei limpar, pegar os cacos, mas apenas causou-me mais estragos, maldito copo de água, espatifou-se no tapete, assim como aquele vaso, jarro ou algo parecido.
De um lado o tapete brilhando por estilhaços de vidro irritadoramente grudados, por outro lado água percorrendos os moveis de papai. Situação agonizante em desespero totalmente desesperado, abaixei-me e com as proprias maõs, comecei inutilmente pegar os minusculos cacos no tapete, onde meus dedos apenas ficavam furados e sangrando. Não sabia mais o que fazer, fui até o banheiro, peguei um pano molhado, cujo veio respigando os corredores que passei, coloquei o pano por cima dos cacos para que grudasse, porem o torci com as mãos, para meu pranto, cortei-me por inteiro, dor agonizante passei, lembro-me de como ardia, meus olhos franziam aleatoriamente.
Ao fundo uma porta se abria, pequeno barulho irritante, quando olhei para baixo, vi uma figura conhecida, papai entrava devagar cansado de mais um dia de trabalho. Ele andou em direção a cozinha enquanto eu achava um jeito de me enconder. Pensei muito, mas para que? Apenas esperei
Papai voltava, subiu as escadas, enquanto eu ali chorando com a vergonha em minha costa, ao observar o corredor, viu a porta de sua tão estimada área de trabalho, sua sala, como quem visse sua casa sendo assaltada.
Suas mãos tocaram-lhe a porta, afastou, olhou.
- Frederico, o que fez? - Disse isso e mais um punhado de coisas.
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