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América querida, quando o sol começa a desaparecer começa a surgir as lembranças do dia, me sento numa pedra velha no meio de um longo e longo chão coberto por terra com um por do sol quente, como um deserto, mergulho na vastidão desta terra seca, até a estrada de asfalto desperdaçada, observando e calculando os tres lados que tenho a escolha de seguir. Estrada crua, um mergulho sordido, todos sonham com essa vastidão. Meus oculos de sol são tão escuros quanto a mente dessa gente inapta, numa cintilancia sobre os pedais de uma balança infantil, alguns sons que não são de passaros como canta os poetas, não, são sons de uma estrada raivosa, de uma estrada cheio de meus amigos.
A lua que eu vejo sentado no meu ultimo centavo, é só a metade, reluzindo ofuscantemente ainda no por ardido do sol com seus raios ultravioleta, é a chegada da noite, é a chegada de mais um meio tempo do dia e talvez daqui a alguns pequenos minutos outras estradas que vou pegar. Não é a ultima praia, não sei o que vai acontecer, sei de uma velhice com teu manto do desamparo. Não penso em nada, apenas pego as minha tralhas e tento seguir muito mais alem da frente dessa estrada.

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